Vida nos Estados Unidos - parte 2

Precisava comprar alguns cotonetes pra aplicar uma pomada na Sophia. Fui na loja e a menor embalagem tinha 375 cotonetes! Optei por uma embalagem de viagem, com 50 cotonetes. Por que tudo aqui tem que ser tamanho gigante?

Vida nos Estados Unidos

Há quatro anos me mudei pros Estados Unidos. De vez em quando eu vejo ou vivo algo que me faz pensar: só nos Estados Unidos mesmo! Foi daí que surgiu a ideia de escrever esses posts entitulados Vida nos Estados Unidos.

Uma das coisas que mais gosto de morar aqui é a política de devolução. A maioria das lojas dão seu dinheiro de volta se você mudar de ideia com relação a algo que comprou. Às vezes eu compro a roupa e venho provar em casa. Se der certo, fico, se não levo de volta. É ótimo quando tenho as meninas comigo não ter que entrar em provador. Às vezes quero a opinião do Scotty. Trago pra casa, ele me ajuda a escolher e eu levo de volta o que não foi escolhido. Amo! No Target eu nem preciso do recibo se tiver o cartão que usei para efetuar a compra - eles acham o recibo com meu cartão.

Outra coisa que também gosto aqui é que americano sabe fazer liquidação! ;) Hoje mesmo comprei uma calça jeans por U$5. Isso mesmo, 1, 2, 3, 4, 5 dólares! 75% de desconto. Só nos Estados Unidos mesmo. Viva!

Vou ficando por aqui. À medida que for me lembrando, vou escrevendo aqui. Um abraço a todos.

Preciosidades 2

Na última sexta Isabella e eu fomos num chá de panela. A noiva chegou e pediu ajuda com as coisas que estavam no carro. Nós saimos e Isabella correu com o novo amiguinho e acabou caindo no chão e ralando o joelho e a mão. Levei-a no banheiro e peguei um pedaço de papel de secar a mão, levemente umedecido e comecei a limpar o ferimento do joelho dela. Ainda com o rosto molhado pelas lágrimas, ela disse: "Thanks mommy, it feels so much better!" (Obrigada, mamãe, estou me sentindo muito melhor!") Coisa fofa da mamãe!

Preciosidades

Hoje percebi que Deus me dá bom dia todos os dias. E é a coisa mais fofa do meu dia. Cada manhã eu sou acordada entre 5:30 e 6:30 da manhã pelo choro da minha bebê. Quando eu entro na quarto dela e ela me vê, ela abre um sorriso enorme e começa a bater as perninhas de felicidade. Coisa mais linda da mamãe. Uma pena que levei tanto tempo pra perceber Deus nesse ato da minha filha.

Senhor, quero ter um bom dia Contigo amanhã, começando com o sorriso empolgado da minha linda bebê. Em  nome de Jesus, amém.

Isso é ser mãe

Um dia desses eu estava muito frustrada. Minha bebê de cinco meses não tirava boas sonecas e minha filha de três anos, que está com uma mania de gritar, gritava constantemente, assustando a bebê toda vez. Comecei a perceber meu humor se deteriorando e atualizei meu status no facebook dizendo isso. Uma amiga respondeu dizendo: "Isso é ser mãe."

Pois é, isso é ser mãe. Ultimamente muitas coisas têm me feito pensar sobre o tipo de mãe que sou e o tipo de mãe que quero ser. Ontem fui numa festa de brasileiros. Deixei a bebê em casa com meu marido, porque ela dorme entre 6 e 6:30h e não queria bagunçar com o ritmo (recentemente estabelecido) dela. Na festa havia várias crianças, entre elas alguns bebês, inclusive uma que, como a minha, tinha 5 meses. Eu levei minha filha de três anos comigo, o que não é muito comum para minhas saídas de noite. Coloquei ela pra dormir de tarde, um hábito que ela já não tem mais há mais ou menos uns cinco meses, pra ela poder aguentar ficar acordada até mais tarde.

Às vezes sinto que tenho que me explicar por minhas escolhas. Talvez seja isso que esteja fazendo aqui. Como já disse antes, gosto de escrever pra processar a vida. Toda essa introdução é só pra dizer que nesses meus poucos anos de maternidade, posso dizer que cheguei à conclusão de que duas coisas são as mais importantes para os recém-nascidos. (E isso é a apenas minha opinião.)

Número 1: Alimentação. Bebês começam a vida mamando a cada 2 ou 3 horas. Quando tive  minha primeira filha, achei que amamentação era algo de instinto, que ela ia simplesmente agarrar o peito e começar a mamar. Erro meu. Ela teve dificuldades inicialmente e eu precisei ensiná-la a mamar (e eu precisei aprender a ensiná-la com a ajuda de uma consultora de lactação). Minha segunda filha já nasceu com uma ótima sucção e eu não tive problemas com relação a isso, mas ela sempre dormia no meio da mamada nas primeiras semanas de vida. Recém-nascidos crescem MUITO e nutrição é fundamental nesse período, portanto minha primeira conclusão.


Número 2: Sono. Dormir é importante pra todo mundo - bebês e pais. Especialistas escreveram dezenas de livros sobre a importância do sono pro desenvolvimento da criança. Como mãe, todas as razões são importantíssimas, mas a maior de todas pra mim: bebês que não dormem bem ficam enjoados, choram muito e ninguém aguenta!!! Além disso, bebês que não dormem bem não deixam os pais dormirem bem e o resultado é cansaço e paciência curta.

Na minha recente experiência com noites mal dormidas eu posso listar desencorajamento também como um efeito colateral do cansaço. Quantas vezes eu me senti sobrecarregada e sem ânimo, achando que não ia dar conta do recado. Como se o desafio não fosse bastante, ainda tem a batalha espiritual que se intensifica, porque Satanás joga baixo e se aproveita de qualquer fraqueza pra tentar nos derrubar. Lembro de noites (especialmente na véspera do estudo bíblico que estava fazendo - que ultraje!) em que me senti compelida a orar e repreender os ataques dele, especificamente mentiras que ele colocava em minha mente dizendo que eu não ia conseguir, que tudo isso era demais pra mim e por ai vai.

É, sono pra mim não é apenas por minha sanidade física, mas espiritual também. Portanto, sono é uma das coisas mais importantes a se prestar atenção na vida de uma criança, especialmente quando bebê. E é por isso que eu não abro mão de preservar o máximo que eu posso esse horário sagrado do sono! E de quebra, eu ganho o resto da noite só com meu marido ou fazendo alguma coisa importante que precisa ser feita na casa ou fora dela, e que é tão mais fácil de se fazer quando não se tem nenhuma criança acordada.Isso é ainda mais especial pra mim, que fico em casa com minhas filhas o dia todo, todo dia.

A propósito - minhas duas filhas dormem enquanto escrevo esse post... felicidade!!! ;)

Do desafio de ser mãe

Há cerca de 3 meses e meio nasceu Sophia, minha segunda filha. Criar filhos é a tarefa mais difícil que já fiz na vida até agora. Não me entenda mal. Ser mãe é uma alegria inigualável e um privilégio (filhos são herança do Senhor), mas é um desafio também. Aliás, parece que tudo que realmente vale a pena na vida vem com grandes desafios (olha só eu escrevendo frases de efeito!).

Sophia, minutos depois de nascer.

Então, como ia dizendo, há cerca 3 meses e meio nasceu Sophia. Tem 3 meses e meio que não durmo bem. Acordo toda noite pra amamentar, pra colocar a chupeta de volta na boca ou só porque ouvi ela choramingar um pouquinho pela ("bendita") babá eletrônica. Falta de sono pra mim é uma das piores coisas pra superar. Eu gosto de dormir e não funciono muito bem quando não durmo. Os efeitos colaterais das noites mal dormidas só se multiplicam quando os dias viram semanas, que viram meses... ai, ai, ai. Só sabe disso quem já passou por isso. Mas isso vai passar.

Outro desafio de ser mãe num país em que não dá pra contar com ajuda doméstica a não ser que você seja rico, é que a vida social da gente muda consideravelmente... Não vou nem entrar em detalhes. Noites aqui em casa são tão loucas, preparando e colocando as duas meninas pra dormir, que é quase impossível fazer programas noturnos. Estou com saudades do cinema e de uma noite de conversa só eu e meu marido num restaurante legal.


Ai tem o desafio de disciplinar. Eu comecei a disciplinar a Isabella quando ela começou a engatinhar e pegar coisas ou entrar em lugares que não podia. O difícil de disciplinar é determinar o que é importante não dá pra abrir mão (tipo, respeito aos mais velhos, mentira, desobediência consciente) e o que não é importante - ou seja, escoher suas batalhas. Não dá pra disciplinar os filhos por tudo, ou o relacionamento fica difícil. Até porque muita coisa de criança é isso mesmo, coisa de criança. Mas também não dá pra deixar eles fazerem o que quiserem, se não avacalha e você não desenvolve o caráter deles. Feitas as determinações (tão mais fácil escrever do que viver!), é preciso ser consistente. Se você pune um dia por algo e deixa passar outro dia, a criança fica confusa e não sabe onde ficam os limites. Todo mundo perde.

Minhas duas princesas.

Talvez você vá rir, mas acho que a coisa mais difícil nos 3 aninhos de vida da Isabella tem sido treiná-la pra usar o vaso sanitário. Não existe uma receita exata de como fazer isso, aliás, pra nada com criança. Você pode ensinar, mas se a criança não estiver pronta, ela não vai fazer o que você está ensinando. Isabella até hoje não faz cocô no pinico ou no vaso. Já estamos nesse processo há 6 meses! Ela foi de fazer cocô na calcinha qualquer hora do dia (inclusive quando estávamos fora de casa), pra fazer cocô de noite, quando colocávamos a fralda pra ela dormir, pra avisar que quer fazer cocô quando tem vontade pra gente poder colocar uma fralda nela. :) Algo me diz que ela não vai gostar de ler isso quando crescer...

Bem, vou parar por aqui. Talvez já tenha dado detalhes demais! Só estou processando a vida. É por isso que escrevo. Entendo melhor a mim mesma e minhas circunstâncias quando escrevo. Espero que não tenha desencorajado meus amigos desfilhados. Eu sempre soube que ser mãe tinha lá suas dificuldades, mas acho que saber algumas delas de antemão já é uma grande ajuda.