sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Os últimos 7 dias

Esses últimos 7 dias de minha vida foram uma loucura!

Sábado - De manhã fui a um seminário que é difícil de traduzir não só pelas palavras, mas também pela cultura... (Savvy Shopping). Tudo estava normal quando voltei pra casa, até eu começar a sentir uma cólica tão forte que eu mal conseguia andar - em uma questão de minutos. Scotty achou melhor me levar na médica. Ela fez exame para infecção urinária e gravidez. Voltou dizendo que ambos tinham dado negativo. Achou que talvez fosse um mioma se degenerando e falou que ia me passar uns remédios pra dor. Foi buscar o receituário e voltou dizendo que os planos tinham mudado, uma vez que o teste de gravidez tinha dado um positivo bem fraquinho (que maneira de se descobrir que está grávida!) Sai de lá com orientação pra marcar uma ultrassonografia. A dor do jeito que veio foi embora - não senti mais. Estranho.

Domingo - Kristin e Rocky Waters chegaram em Orlando e com mais de um mês de antecedência marcamos uma festa brasileira com os amigos que moram aqui e que têm uma conexão com os Waters e com o Brasil. Fiz feijoada pela primeira na vida. Ficou boa. Estou comendo feijoada até hoje (não todo dia, é claro!)



Segunda - Comecei o dia com muita frustração: não conseguia falar com meu novo ginecologista (só tinha me consultado com ele uma vez!) pra pegar uma autorização pro ultrassom. Consegui através de outro meio e de tarde fui fazer a ultrassom. De acordo com a legislação, a técnica de radiologia que fez minha ultrassom, não podia fazer nenhum tipo de comentário sobre o que ela estava vendo. Esquisito. É a vida.

Terça - Fui ver meu médico de manhã. O resultado do ultrassom não foi enviado pra seu consultório, e ele ficou sabendo do resultado através da médica que me atendeu no sábado. Suspeita de gravidez tubária. Ele me manda ir pro hospital Winnie Palmer (hospital de mulheres aqui em Orlando) pra fazer um exame de sangue e outra ultrassom. Ele me diz que precisa ser convencido de que eu não preciso de uma cirurgia no mesmo dia. Eu vou, né, fazer o quê?

Ultrassom e exame feitos, o diagnóstico de gravidez tubária é confirmado. Meu médico me liga e diz que uma cirurgia vai ser necessária. Eu perderia parte ou toda a trompa esquerda e possivelmente o ovário esquerdo também, dependendo de onde estivesse a gravidez.

Fui preparada para a cirurgia (soro, anestesia...) e a próxima coisa que me lembro ao acordar da anestesia é de estar confusa e escutar vozes. Uma delas era do meu médico dizendo: "Ela ainda pode estar grávida." O quê? Como assim?

O médico entrou e não achou a gravidez tubária como achava que encontraria. Só encontrou um cisto. Fechou tudo sem tirar nada (não perdi nem trompa nem ovário, graças a Deus). Voltei pra casa na mesma noite.

Quarta - Estava um pouco dolorida e muito inchada (eles colocam ar dentro do órgão que estão operando para ver bem), mas no geral estava bem. Até fui no supermercado de manhã aproveitar umas promoções que acabariam naquele dia :) Scotty ficou comigo em casa, já que eu não podia dirigir ou levantar Isabella. No fim do dia uma amiga veio pintar meu cabelo (com uma tinta que eu consegui comprar usando dois cupons, uma economia de U$7 dólares!!!) Quanto à gravidez, estava um pouco confusa sobre meu real estado. Meu médico falou pro Scotty que eu precisaria fazer um exame de sangue a cada dois dias pra checar os níveis de HCG (hormônio da gravidez) que estavam muito baixos.

Quinta - Nesse dia tínhamos um retiro de um dia da nossa equipe. Já tinha combinado tudo pra Isabella ficar com uma amiga parte do dia e com uma babá na outra parte. Como não estava com dores, resolvi ir. Melhor do que ficar em casa sem poder levantar Isabella! Demos uma saidinha rápida pra tirar sangue pra fazer o exame que o médico quer que seja feito a cada dois dias. Tudo tranquilo, mas fui dormir cedo, estava cansada.

Sexta - Hoje. Na segunda feira, antes de saber que possivelmente precisaria de cirurgia, tinha oferecido minha casa para um playgroup (grupo de mães que trazem seus filhos em idade pré-escolar pra brincar com outras crianças na mesma faixa etária). Depois de ter me poupado de tarefas de limpeza, hoje de manhã, tendo acordado me sentindo super bem, resolvi que não queria receber visita com o chão sujo do jeito que estava! Passei aspirador e depois pano no chão (tudo bem, não é pano com rodo como no Brasil, é uma versão muito mais fácil!). 14 mães e 16 crianças compareceram. Uau! Isabella estranhou no começo, mas se divertiu também.




Mal posso esperar o que mais vai acontecer. Amanhã faço o exame de sangue de novo. O que fiz ontem deu que estou grávida mesmo. Parece que o nível está normal, mas só vou ter certeza se entendi direito quando for ver meu médico na terça. Vou manter atualizações aqui no blog.

Abraços!

domingo, 17 de janeiro de 2010

A busca da felicidade e o Haiti me deixaram assim

Hoje estou me sentindo emocionada. Não no sentido mais comum, como quem se sente tocada por algo inspirador, mas no sentido de estar com as emoções à flor da pele. Eu assisti o filme Em busca da felicidade (filme com Will Smith, me corrijam se o título em português não for esse) que, junto com o sofrimento dos haitianos, tem me deixado com muitas perguntas na cabeça.

Por que a vida tem que ser tão difícil para algumas pessoas? Por que tanto sofrimento para os haitianos? Acho que a pergunta que me incomodava mesmo era por que não eu? Eu não quero sofrer, não me entenda mal. Mas a verdade é que eu não mereço o que tenho, eu não mereço a vida abençoada que vivo. Ninguém merece coisas boas. No fundo, todos somos egoístas e vivemos, na maior parte do tempo, pra satisfazer a nós mesmos.

Tudo isso me fez lembrar de quando contaram pra Jesus que Pilatos tinha misturado o sangue de alguns galileus com o sacrifício. Jesus perguntou se eles achavam que esses galileus eram piores pecadores do que todos os outros galileus por causa do que sofreram. Ele também mencionou uma certa torre de Jerusalém que caiu, matando dezoito e fez a mesma pergunta: eles eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? E a lição que Ele ensinou foi que a menos que nos arrependamos todos nós vamos perecer. Em outras palavras, a tragédia da morte é pra todo mundo. A pergunta não é porque eles estão sofrendo, mas porque eu NÃO estou sofrendo.

Graças a Deus então pela graça. É por causa dela que eu recebo aquilo que não mereço. Eu não quero justiça - se Deus agisse justamente comigo eu estaria morta, mesmo que estivesse viva. O salário do pecado é a morte. A única justiça que quero é a de Jesus, sendo imputada a mim. Esse é o privilégio da graça para aqueles que entendem que estão caminhando pra morte e se arrependem e se voltam pra Deus.

Nenhum de nós está imune ao sofrimento. Esse é o preço que pagamos por viver num mundo marcado pela maldade e pelo pecado. Esse é o preço que pagamos por termos pedido independência de Deus. O pecado está tão entranhado em tudo que até mesmo os que se arrependeram de seus pecados pessoais e foram salvos da morte eterna ainda são afetados pelo sofrimento causado pela pecaminosidade presente no mundo. (Não estou aqui falando do sofrimento causado por nossas próprias escolhas ruins, mas aquele sofrimento que não fizemos "nada" pra merecer).

Ainda bem que um dia eu não vou mais me sentir com os nervos à flor da pele como hoje... graças a Deus.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Fome ou vontade de comer?

Eu estou com vontade de comer. Não estou com fome. Só com vontade de comer. Essas são duas coisas diferentes. Fome é meu corpo sinalizando a necessidade de alimentá-lo de novo. Vontade de comer - com exceção de quando estou com fome - é, em mim, um desejo desordenado, clamando por minha atenção, querendo satisfação mesmo sem uma boa justificativa.

Não estou querendo dizer que a vontade de comer é um desejo desordenado em todo mundo. Em mim é. Para outros, o desejo de ser bem sucedido, rico, famoso, perfeito é que está fora de controle. Uns começam a beber e não conseguem parar. Outros vivem para próxima picada, ou o próximo trago. Alguns buscam o reconhecimento de outros, enquanto outros não páram de visualizar imagens eróticas em suas mentes. Alguns não conseguem se livrar do medo e vivem ansiosos. Eu não sofro com essas coisas. Elas não me fazem tropeçar. Comida sim. Comida é o meu fraco (pra não dizer meu pecado de "estimação"). Alguns pensam: "Preciso emagrecer." E facilmente comem menos e perdem peso. Pra mim não é assim.

Há pouco mais de um ano e meio eu comecei a fazer um estudo para pessoas que têm um problema com comida. Deus usou a Bíblia pra me mostrar como comida havia se tornado um ídolo em minha vida. Eu penso bastante em comida e no que vou comer na próxima refeição. Meu apetite é fora de controle. Do meu controle. Comer é um prazer, mas como qualquer prazer na vida, pode ser nocivo. Deus nos deu a habilidade de sentir gosto e apreciar boa comida e boa bebida, mas sem controle, elas se tornam destrutivas. Sobrepeso, diabete, pressão alta, colestorol alto e muitas outras doenças são relacionadas a hábitos alimentares fora de controle.

Enquanto fazia o estudo fui convencida de que não tinha o poder de comer como gostaria. Precisaria de um poder mais forte que o meu para isso. E achei. O do Espírito Santo. Me apaixonei. De novo. Por Deus. De novo. Meu primeiro amor por Ele foi renovado ao perceber que até com isso Ele se importava. Ele se importou com minha frustração com meu peso. Ele se importou com minha angústia e meu desejo de ter controle sobre a comida em vez de ser controlada por ela. Ele se importou. E me deu um poder sobrenatural para perder 14 kg.

E, apaixonada que estava, pensava que Ele tinha feito por mim algo que não fez. Achei que tivesse tirado de mim completamente a atração por comida (a atração negativa, não a boa, claro. A atração que faz comer mais do que se precisa). Achei que nunca mais iria sofrer com a tentação de comer demais. Mas com o passar do tempo percebi que, como o alcóolico, a luta é diária. Pedi a Ele que me mudasse, que tirasse de mim esse desejo descontrolado por comida. Sabe o que Ele me disse? O que disse a Paulo. Minha graça lhe basta pois meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. (2 Coríntios 12:9) Em outras palavras, se não fosse minha fraqueza, eu não teria necessidade do poder de Deus. Ele não iria me mudar, mas me prometeu graça e me prometeu aperfeiçoar Seu poder em minha fraqueza.

Eu gostaria de poder responder como Paulo e dizer que me glorio ainda mais alegremente em minhas fraquezas para que o poder de Cristo repouse em mim, mas isso ainda não é verdade de mim. Eu queria mesmo é que Ele me mudasse. E um dia Ele vai. Um dia não terei mais que lutar contra o pecado, porque o pecado não vai mais existir. Mas enquanto isso não acontece eu vou seguindo cada dia, buscando poder para viver acima de minha fraqueza, acima da mediocridade.

Há dias em que queria ter uma fórmula contra minha fraqueza - os dias em que estou cansada ou frustrada ou derrotada (embora a derrota seja temporária). Mas não há uma fórmula. O poder não vem como resposta a comportamentos ou coisas que eu faço. O poder vem do relacionamento que desenvolvo com a fonte do poder. Me envolver com essa fonte tem sido a jornada da minha vida. Ele é muito mais do que a fonte do poder para permanecer magra. Ele é o Amado da minha alma, Aquele que me resgatou do império das trevas e me tranportou para o reino do Filho do Seu amor, meu Salvador e Senhor, muito mais do que palavras em um blog possam descrever. Por isso prossigo, na esperança de que meu amor por Ele coloque esse desejo desordenado da minha carne sob controle.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Blá, blá, blá...

Na consulta de dois anos da Isabella, o médico perguntou quantas palavras ela estava falando. Eu não tinha a menor idéia. Voltei da consulta pensando que eu tinha que fazer uma lista das palavras que ela já fala. Isso foi há mais de dois meses atrás. De lá pra cá ela aprendeu várias palavras novas. Tudo bem. Eu tardo mas não falho. Ai vai:

  1. Mamãe/Mommy - depois de começar a ir pro "desenvolvimento infantil" da academia que frequento ela começou a usar a palavra mommy com mais frequencia...
  2. Papai/Daddy - o papai se derrete todo quando ela acorda de manhã e chama por ele
  3. Pooh - o ursinho amarelo. Normalmente ela repete o nome dele, sendo assim Pooh-Pooh. Aqui nos EUA, essa é a palavra que crianças usam pra se referir ao cocô - o que me leva a uma outra palavra que ela fala...
  4. Cocô - é bom saber quando uma troca de fralda é necessária.
  5. Popó - um hiPOPÓtamo rosa que sempre tem que ir pro berço com ela.
  6. Barney - programa infantil preferido dela.
  7. Por favor/please - na maioria das vezes ela fala essa palavra em português. A gente só precisa falar: Como é que se pede com educação? E a palavra sai toda enroladinha, a coisa mais linda do mundo. Please, of course, perde o "l" na língua dela.
  8. You're welcome - ela surpreendeu a mim e a avó americana um dia desses quando respondeu a um thank you com "You welcome." Até hoje não sei de onde ela pegou isso. Hoje ela falou "Thank you" e ela mesmo respondeu com "You're welcome." Essa menina vai longe! Apesar de eu sempre falar de nada, ela ainda não pegou a versão em português.
  9. Bless you - ok, é mais bess you do que bLess you, mas é fofo de qualquer maneira. Ela me surpreendeu um dia quando dei um espirro e ela disse "bess you!" Outra expressão que não tenho a menor idéia de como aprendeu. Outra expressão que ainda não conseguiu pegar em português, apesar de a mamãe sempre falar "saúde..."
  10. Água/water - ela só falava "auá", em português, mas de uns tempos pra cá só tem falado water.
  11. Princess - essa é fresquinha, ouvi ontem pela primeira vez. O pai disse que já tinha ouvido antes...
  12. Cinho - Versão dela para lanchinho.
  13. Mais - quando o lanchinho não foi suficiente...
  14. Banana - café da manhã de todos os dias...
  15. This way - Às vezes estou dirigindo e dobro pra um lado e ela começa a reclamar, apontando pro outro lado e dizendo "This way!"
  16. It's raining - esse eu acho que ela aprendeu com a televisão. Agora ela não pode ver chuva (na TV, em livros ou no quintal) que ela fala "It's raining!"
  17. Thcu-tchu - com um trilho que passa atrás de nossa casa, Isabella se tornou fã do trem e de "O trenzinho" música do CD A Casa de Brinquedos que vovó Angelita deu pra ela...
  18. Avião/plane - Estava com ela na rua um dia e ela apontou pro céu e falou: "Pane" (leia-se pein). Me levou um tempo pra entender que ela estava falando "plane." Desde então ela também aprendeu a falar a palavra em português, apesar de soar engraçado!
  19. Carro/carrinho - O grande a gente usa pra ir pra lugares longe, o outro pra passear no bairro ou pra empurrar a bonequinha. Ela gosta de passear nos dois, apesar de não conseguir dizer os erres ainda!
  20. I love you - não sei escrever a forma como ela fala. Como ela geralmente fala isso quando lhe pedimos pra falar, a gente sabe exatamente o que ela quer dizer...
  21. Yes! - com exclamação porque toda vez que ela fala essa palavra ela fala com tanta ênfase, que é como se tivesse uma exclamação no fim mesmo! Essa é a resposta afirmativa que ela dá, mesmo à perguntas feitas em português. O sim ainda não faz parte do vocabulário dela.
  22. No - essa é uma palavra importante pra qualquer criança que ainda não sabe se expressar muito bem. Tem que os outros saberem o que ela NÃO quer!
  23. Foo Loo - leia-se fu lu. Sua tentativa de falar o nome de um cereal americano Froot Loops (frut lups). É uma gracinha essa menina!
  24. Down - seja pra pedir pra descer da cadeira ou pra o papai ou mamãe deitarem no chão pra ela montar na gente, essa é uma palavra importante no vocabulário dela!
  25. Again - essa vem sempre que ela está se divertindo. Não importa se o papai ou mamãe estão cansados, se a gente não inventar outra coisa divertida pra ela fazer, ela fica pedindo "Again, again!"
  26. Caiu - ela adora se jogar/ser jogada no chão (calma, quando ela está em cima de nós, que estamos deitados no chão!) pra poder dizer: Caiu!
  27. Nana/panpa - leia-se "nena" e "penpa," como ela chama sua avó e avô americanos.
  28. Vovó/vovô - vovó nem caduca com essa netinha...
  29. Computer - ela começou a repetir essa palavra de um desenho que ela assiste. Hilário!
  30. One, two, three, four, five - Se a gente pede pra ela dizer quantos anos tem ela não responde. Se a gente fala "two" (pra ela repetir), ela fala "three," pensando que é hora de contar... Ela ainda não conta perfeitamente e a versão em português ainda tá em treinamento!
  31. Bola - brinquedinho legal.
  32. Tchau/bye-bye - no momento não consigo me lembrar de mais nada. Por isso tchau e bye-bye para todos!
Quando me lembrar de mais ou ela aprender mais, atualizo a publicação. Vê-la crescer e aprender tanto não tem preço!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quando minha vida mudou

Acho apropriado que minha primeira publicação neste blog seja sobre o evento que dividiu minha vida em duas.Vou lhe contar um pouco de minha história...

Como filha de pastor, eu cresci dentro da igreja. Você pode imaginar que desde muito pequena eu devo ter aprendido tudo sobre salvação e vida abundante e todos esses assuntos "religiosos." Apesar de ser familiarizada com a mensagem cristã, eu não entendia essa mensagem e Deus era um ser distante e que não fazia muita diferença na minha vida.

Aos 8 anos eu recebi a Cristo em minha vida, mas foram necessários outros 8 anos pra entender o significado de minha decisão.

A adolecência chegou e com ela a vontade de ser gente grande e descobrir meus próprios caminhos. Deus estava devidamente relegado à tradição de ir à igreja aos domingos. Eu era razoavelmente bonita, razoavelmente inteligente e bastante jovem e achava que isso era suficiente pra conseguir tudo o que queria na vida. Mas um evento muito comum na vida de muitos adolecentes me fez sentir como se todo o mundo tivesse caído sobre minhas costas: meu namorado acabou o namoro comigo. Isso pode parecer irrelevante, mas aos 16 anos esse relacionamento acabado foi devastador. Eu não tinha coragem de acabar com minha própria vida, mas não me incomodaria se Deus resolvesse me levar.

Alguns meses depois, uma amiga do colégio me convidou pra participar de um Encontro de Jovens com Cristo (EJC), um evento que aconteceria num final de semana em minha cidade. Lá, eu conheci várias pessoas que, apesar de serem tão jovens quanto eu, conheciam a Deus de perto.

Eu comecei a ler a Bíblia e pela primeira vez ela começou a fazer sentido. Eu entendi que Cristo queria entrar em minha vida não só para me dar salvação, mas também pra ser Senhor dela e pra me dar a vida em abundância que Ele prometera. Eu entendi o quanto Ele me amava e que tinha um plano pra minha vida. E essa é a mensagem do evangelho, o amor e o plano de Deus para toda a humanidade.